segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ESPIRITUALIDADE: ACENDE-SE UMA CÉLULA VIVA

ESPIRITUALIDADE: ACENDE-SE UMA CÉLULA VIVA

Fonte: http://www.centrochiaralubich.org

Acende-se uma célula viva

Roma 1978


Se olharmos ao nosso redor, certas cidades por onde passamos, ficamos desanimados e temos a impressão de que é impossível construir uma sociedade cristã. O mundo, das vaidades, parece dominar...


Poderíamos dizer que é utópica a realização do testamento de Jesus, se não se pensasse nele que também viu um mundo semelhante a este e no fim de sua vida pareceu ter sido derrotado, vencido pelo mal.


Também Ele olhava para toda aquela multidão a quem amava como a si mesmo. Ele, Deus, que a criara; queria oferecer os laços para reuni-la, como filhos ao Pai, irmão ao irmão.


Viera para recompor a família e fazer de todos uma só coisa. Todavia, apesar de suas palavras de fogo e verdade – que queimava a ramagem inútil das vaidades e desenterrava o eterno, existente no homem – as pessoas, muitas delas, mesmo compreendendo, não queriam aceitar e ficavam com os olhos apagados porque a alma estava às escuras.


E isso porque Deus as criara livres. Ele podia – vindo do Céu à terra – redimi-las todas, apenas com um olhar. Mas, devia deixar para elas – criadas à sua imagem – a alegria da livre conquista.
Olhava o mundo assim como nós o vemos, mas não duvidava.


De noite invocava o céu lá de cima e o céu dentro de si, o Ser verdadeiro, o Tudo real, enquanto fora, pelas ruas, caminhava a nulidade que passa.


Temos que fazer como Ele e não nos separar do Eterno, do Incriado, que é a raiz da criação, e assim acreditar na vitória final da luz sobre as trevas. Passar pelo mundo sem vê-lo. Olhar para o céu que existe também dentro de nós e apegar-nos àquilo que tem ser e valor. Tornarmo-nos uma só coisa com a Trindade que repousa na alma e a ilumina com eterna luz. Então, perceberemos que, com o olhar não mais apagado, olhamos o mundo e as coisas, porém não somos mais nós que as olhamos. É Cristo que olha através de nós e percebe que há cegos precisando de vista, mudos precisando de falar e paralíticos precisando de andar. Cegos da visão de Deus dentro e fora de si; paralíticos desconhecedores da divina vontade que, do fundo do próprio coração, os impele ao movimento eterno, que é o eterno amor.


Vemos e descobrimos neles a nossa própria luz, o nosso verdadeiro eu – Cristo: nossa verdadeira realidade neles. E, tendo-o reencontrado, nos unimos a Ele no irmão. Deste modo acendemos uma célula do Corpo de Cristo, célula viva, morada de Deus, que tem fogo e luz para comunicar aos outros. E Deus faz de duas pessoas uma só coisa e, como terceiro elemento, se coloca como relação entre elas: Jesus no meio.


Assim o amor circula e espontaneamente, como rio impetuoso, arrasta tudo o que os dois possuem, os bens espirituais e os bens materiais. Isto é testemunho eficaz e externo do amor unitivo e verdadeiro.


Mas é preciso ter coragem de não usar outros meios, se quisermos fazer reviver um pouco de cristianismo.


É preciso fazer com que Deus viva dentro de nós, para transbordá-lo aos outros como um hálitos de vida, reanimando os enfraquecidos.


E mantê-lo vivo entre nós, amando-nos.


Então, tudo se revoluciona ao nosso redor: política e arte, escola e trabalho, vida privada e divertimentos. Tudo. Jesus é o homem perfeito que sintetiza em si todos os homens e toda verdade.


E quem encontrou este Homem, encontrou a solução para qualquer problema.


Chiara Lubich


Transcrição

Sáb, 21 de Janeiro de 2012 08:00


Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha, de Abaetetuba/Pa

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ESPIRITUALIDADE: UMA INVASÃO DE AMOR










ESPIRITUALIDADE: INVASÃO DE AMOR


Fonte: http://mariapolitas.com
TERÇA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2012
Invasão de Amor - Chiara Lubich

INVASÃO DE AMOR

Posted: 15 Jan 2012 07:00 AM PST

O mundo está cheio de insatisfeitos, porque o homem não acertou na fonte de sua felicidade. O astro brilha no céu e a Terra subsiste porque eles se movem; o movimento é a vida do universo. O homem só é plena¬mente feliz quando aciona e não deixa morrer o motor de sua vida: o amor. Mesmo quem se julga feliz porque contraiu um bom matrimônio, porque recebeu uma herança, porque vive de luxo, de esporte, de divertimentos, cedo ou tarde sente vazios na alma, infalíveis. Por outro lado, o infeliz, a quem a vida tudo parece negar, se começa a amar, possui mais do que o rico e goza, na terra, a plenitude do Reino dos Céus.


É uma verdade. E uma realidade.


A humanidade enlanguesce em busca de paz; espera, constrói para poder usufruir, mas, quando seria o tempo, se entristece com a perspectiva da morte que desejaria jamais chegasse.


Os filhos de Deus são os filhos do amor! Combatem com uma arma que é a vida mesma do homem. A sua luta está em recompor na ordem pessoas e sociedades, para que aquelas brilhem mais do que as estrelas, e estas componham constelações imorredouras, nos páramos eternos do Deus dos vivos.


Se o homem visse como Deus vê os homens, teria uma sensação de horror. Porque até os melhores, os que se elevaram com a arte ou a ciência acima do comum, cultivaram apenas uma parte do espírito, deixando o resto atrofiado.


Só o amor em uma alma, só Deus em uma alma pode nela dilatar o fulgor, com equilíbrio de partes.


Uma alma que ama é, no mundo, um pequeno sol que transmite Deus. Uma alma que não ama, vegeta, é pouco da Igreja, nada de Maria, antítese de Cristo.


O mundo precisa de uma invasão de amor, e isto depende de cada um. E o homem, o homem na graça de Deus, o depositário desse precioso elemento. Morre todo dia um número incontável de homens: inclusive os grandes, e deles pouco resta. Passa um santo para a Vida eterna — despertando, quando o Senhor o chama, para a idêntica vida de antes, transformada — e dele todos falam. Sua memória passa de geração em geração e seu exemplo é seguido por muitíssima gente. Diante daquele leito onde jaz um corpo e não mais uma pessoa, ninguém consegue entender a morte; mas, ao contrário, todos sentem o que é a Vida. O amor não morre e, porque serve, faz ser rei.

Chiara Lubich
(Voluntários de São Paulo - Br) Postado por Otaviano José da Silveira às 11:18

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ÁFRICA: NOTICIAS DO FOCOLARES










ÁFRICA: MOVIMENTO DOS FOCOLARES



NOTÍCIAS DO FOCOLARES



Congresso Pan-africano Gen 2

“We are 1”: “Somos um”. Foi o título escolhido para o Primeiro Congresso Pan-africano da história do Movimento gen na África, que aconteceu na Mariápolis Piero, no Quênia, de 27 a 30 de dezembro de 2011.


Estiveram presentes mais de 200 jovens, representando 21 países da África subsaariana. “Falamos muitas das línguas que existem em solo africano, mas nos entendemos muito bem!”, escreveram, “porque Chiara ensinou-nos uma língua só: a do amor”. Pela primeira vez alguns representantes das e dos gen africanos puderam encontrar-se e reconhecer-se como parte do sonho de Chiara Lubich, quase uma profecia, que ela expressou vinte anos atrás, justamente nessa Mariápolis: que um dia esta terra teria sido um testemunho vivo da luz do carisma do Movimento dos Focolares: a unidade.

A abertura oficial – com a presença dos responsáveis centrais do Movimento gen, Geppina Pisani e Marius Müller, e dos responsáveis pela Mariápolis Piero, Else Castellitto e Joseph Kinini – foi uma verdadeira explosão de alegria e de cores, com a apresentação de cada uma das áreas geográficas. Os grupos subiam ao palco e destacavam de um grande painel, com a forma do continente africano, a parte correspondente à própria nação, e depunham a sua bandeira. O resultado final foi uma foto de Chiara Lubich, sorridente, vestida com roupas africanas, e diante dela todas as bandeiras. Os gen escreveram: “Chiara sorri para nós, parece mesmo que leva todos os nossos povos a Deus!”.

No auge de uma crise mundial, que naturalmente não poupou a África, um continente já duramente provado, os gen não recuaram e, com determinação, superaram mil obstáculos para chegar ao Quênia, vindos de lugares distantes até milhares de quilômetros, com viagens de três dias em estradas precárias, como aqueles do Congo, Malawi, Etiópia e Sudão do Sul. “Quando soubemos desse congresso percebemos logo que seria preciso muito dinheiro – contam os gen nigerianos -. Mas dessa vez não queríamos pedir ajuda sem antes fazer a nossa parte. Fizemos várias atividades, mesmo se muitos de nós estão na universidade: vendas, trabalhos na lavoura, preparação de um calendário onde contamos as nossas experiências e a vida de Chiara Luce, e que agradou muito. Assim 12 de nós puderam vir”.


“O nosso país está atravessando uma gravíssima crise econômica e política – disseram os da Costa do Marfim – mas a nossa presença é a prova da Providência de Deus que nos acompanhou”.

No dia 29 de dezembro, uma conexão internet com intercâmbio em tempo real, com a presidente dos Focolares, Maria Voce, um momento de grande alegria para ela e para todos os presentes. “Estou muito contente em vê-los tão numerosos e tão comprometidos com o nosso Ideal, isso é o que me dá mais alegria. A presença de vocês é um sinal de grande esperança, porque as novas gerações são a esperança da Obra, da Igreja, a esperança da humanidade. E vi que não apenas eu sinto assim, porque também o Papa o repete sempre…”. Em meia hora de diálogo os gen exprimiram a sua alegria por esta experiência de unidade e falaram dos propósitos feitos nestes dias. Concluindo esse momento, cantaram uma canção dedicada a Chiara Lubich: “Chiara, luz da África”. Ao responder Maria Voce disse: “Contem ainda mais com esta luz forte que é a presença de Jesus entre vocês, é Ele que os ajudará a testemunhar a unidade, mesmo em meio às dificuldades, sem medo”.


Na mensagem que enviaram a ela, na conclusão, escreveram: “Para muitos de nós, que não conheceram Chiara pessoalmente, o nosso encontro com você hoje foi a confirmação de que Chiara está sempre entre nós, está conosco. Sentimos o seu mor pessoal, com o seu encorajamento e a sua confiança. Você nos entende profundamente, está muito próxima de cada gen… Somos conscientes de que a verdadeira batalha começa agora que voltamos aos nossos países, mas aqui tivemos todas as repostas que precisávamos. As suas palavras, “não tenham medo”, nos ajudarão a levar Jesus a todos. Vamos com a alegria da redescoberta do chamado a trabalhar para levar a unidade ao mundo que está ao nosso redor!”.

Em todos os jovens existia a consciência de ter vivido um momento histórico, de ter feito uma experiência de vida e de unidade, que supera as divisões entre países há tempos em conflito, as desigualdades e as injustiças sociais e no campo econômico, sentindo-se protagonistas, junto com muitos outros, pelo destino da África, e trabalhando para que ela possa dar a própria contribuição, específica e insubstituível, para um mundo mais unido.

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

NOTÍCIAS DO FOCOLARES: CORÉIA


NOTÍCIAS DO FOCOLARES

Coreia – uma pérola para toda a Ásia

8 Janeiro 2012

Ano Novo, seção nova! Através de “Worldwide” faremos uma viagem ao redor do mundo, para conhecer a vida do Movimento dos Focolares nos diversos países. Começamos pela Coreia.


Partindo de Brasília, voando para o leste por 22 horas, chega-se à última península de terra firme do continente asiático: a Coreia, “O país da manhã serena”, como é chamado, um dos países ainda hoje dividido entre norte e sul.

A Coreia do Sul, com os seus 48 milhões de habitantes, dos quais 12 milhões na capital, Seul, recebeu o Movimento dos Focolares nos anos 1960. Após a abertura do primeiro focolare, em 1969, o Movimento difundiu-se rapidamente em toda a península, penetrando em todas as faixas etárias e contextos sociais. Hoje existem cinco centros em Seul, dois em Daegu e um Centro de Encontros e Formação em Kyeonggido. Propomos breves notas, que podem dar uma ideia da vida atual do Movimento na Coreia.

Diálogo inter-religioso. É uma característica típica de um país culturalmente ligado às grandes religiões, como o Budismo e o Confucionismo, com uma ampla presença de cristãos. Assinalamos o último fato significativo: Han Mi-Sook, focolarina, membro da Comissão do Diálogo inter-religioso da Conferência Episcopal coreana (CBCK), acompanhou o venerável Ja Seung, presidente da “Jogye Order” do budismo coreano, e o dr. GunDuk Choi, presidente da associação do confucionismo, ao encontro de outubro passado em Assis (Itália), do qual os mesmos participaram ativamente. Em seguida, o presidente do confucionismo e seu colaborador visitaram Loppiano, a Mariápolis permanente internacional do Movimento, e o Centro do Movimento em Roma. “Faço votos – ele disse – que se realize o sonho de vocês, ‘que todos sejam um’”.

Projeto social. Chama-se “Haengbok Maeul” – A vila da felicidade”. Atividade mensal, existente há oito anos, para auxiliar trabalhadores estrangeiros, refugiados da Coreia do Norte (mais de 20 mil) e muitos outros necessitados. O projeto oferece diversos serviços de assistência médica, alimentos e vestuário, cabeleireiros, aulas de coreano, etc. “Num primeiro momento – contam os voluntários empenhados no projeto – as pessoas eram desconfiadas, mas agora que se sentem amadas aos poucos começam a se abrir, e eles mesmos trazem alimentos para serem partilhados”.


Política e economia. O Movimento Político pela Unidade (MppU) teve início na Coreia em 2004, por iniciativa de um grupo de parlamentares que, desde 2008, reúne-se regularmente, uma vez por mês, no “Fórum político pela unidade”, um grupo de pesquisa reconhecido pelo Parlamento. A atividade alargou-se em um “Fórum Social”, aberto a jornalistas, advogados, funcionários públicos, médicos, economistas, que acontece a cada dois meses no Parlamento, com a participação média de 30 pessoas. Entre as atividades promovidas pelo MppU recordamos a campanha pela “purificação da linguagem”, em 2010. Uma centena de estudantes de jornalismo, de várias universidades, monitorou a linguagem dos políticos e dos deputados durante as sessões, entrevistas e discursos. A pesquisa estimulou os políticos a estarem mais atentos ao uso da linguagem e concluiu-se com uma premiação. O Movimento Político pela Unidade é também promotor de duas escolas para jovens políticos e estudantes interessados. Os cursos preveem dez aulas e dele participam 58 estudantes.

Economia de Comunhão. Nascida em 1991 por uma intuição de Chiara Lubich, a EdC suscitou um grande interesse na Coreia, não apenas nos empresários, mas também em muitos estudiosos, pesquisadores e professores de economia. Atualmente oito empresas aderem à EdC na Coreia. Outras quatro têm grande interesse e desejam tornar-se ativas no projeto. Em 2011, 23 coreanos estiveram presentes no Congresso Internacional, realizado no Brasil, comemorativo dos 20 anos de nascimento do projeto. Um fruto imediato: a tradução em coreano do texto “New Financial Horizons: The Emergence of an Economy of Communion” (“Novos horizontes financeiros: a emergência de uma Economia de Comunhão”, numa tradução livre), de Lorna Gold.

Visita de Maria Voce. Em janeiro de 2010, a visita da presidente do Movimento dos Focolares e do copresidente, Giancarlo Faletti, reuniu cerca de 1700 membros, em dois dias de conhecimento recíproco, novas notícias, aprofundamentos sobre a espiritualidade da unidade, e uma festa cheia de alegria. Os visitantes encontraram-se ainda com vários bispos e com alguns políticos que fazem parte do MppU, na sede do Parlamento. Na comunidade coreana foi renovado o augúrio feito por Chiara Lubich, durante a sua visita à Coreia em 1982, pedindo aos membros do Movimento dessa nação que fossem “verdadeiras locomotivas” para toda a Ásia: um desafio que é compromisso assumido todos os dias.

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha, de Abaetetuba/Pa

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Reflexões Sobre o Natal - Textos

Reflexões Sobre o Natal - Textos

Fonte: www.focolares.org


O Nosso Natal!

8 Dezembro 2012

Na proximidade do Natal, propomos aos leitores um artigo de Igino Giordani publicado no jornal “Il Quotidiano” dia 24 de dezembro de 1944.

Dar hospitalidade a Cristo que renasce em cada coração.
Para os antigos Cristo queria dizer rei. Mas Cristo foi um rei fora dos esquemas aceitos, que nasceu na estrebaria de uma família de lavradores, entre animais e pastores. Aonde outros soberanos vinham de cima, descendo dos tronos para dominar, ele veio de baixo, do último patamar, para servir: abaixo de todos para ser o servo universal. E fez com que a sua realeza consistisse nesse serviço.
Tudo é simples e encantador, como um idílio, nesse nascimento de um menino no coração da noite – no coração da noite dos tempos -; um menino enviado para salvar. Porque o mundo precisava ser salvo. Estava carregado de maldade, como que entremeado por uma doença, uma febre na qual a humanidade se desfazia. E Jesus trouxe a saúde e recuperou a vida; debelou a morte.
Quando apareceu o Salvador uma grande luz clareou a noite. A noite continua, mas continua também a luz, e no cristianismo é sempre Natal. Não se cede à morte, recomeça-se sempre. E até mesmo hoje, entre lágrimas, o Natal traz alegria. Deus desceu entre nós, e nós subimos a Deus. Ele se humaniza e nós nos divinizamos. O ponto de encontro é o Seu coração.
Do seu nascimento nasceu um povo novo. Como o anjo anunciou aos pastores assustados: “Não temais, eis que vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo”. Alegria para todo o povo, ninguém é excluído, de nenhuma classe ou raça ou língua ou cor; porque lá onde existem descriminações incide a morte.
A Igreja existe por Cristo. Para que Cristo, assim como nasceu uma noite em Belém, renasça todo dia para cada um; e pede que não o rejeitemos, mas demos a Ele a hospitalidade do coração: ainda que seja esquálido como uma estrebaria, Ele se encarregará que transformá-lo num templo repleto de anjos.

Cada dia pode ser Natal

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

23 Dezembro 2012

Chiara Lubich

É Natal!
O Verbo se fez homem e acendeu o amor na Terra.
É Natal!
E gostaríamos que nunca acabasse.
Ensina-nos, Senhor, como perpetuar a Tua presença espiritual entre os homens.
É Natal!
Que o Teu amor aceso na Terra arda nos nossos corações e nos amemos como Tu queres!
Então, estarás presente entre nós.
E cada dia, se nos amarmos, pode ser Natal.

Chiara Lubich

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

O que significa o Natal para você?
25 Dicembre 1973

Em um artigo do dia 25 de dezembro de 1973, publicado na edição italiana da revista Cidade Nova, o jornalista Spartaco Lucarini pergunta a catorze personagens dos mais variados ambientes:
O que significa o Natal para você?

Eis a resposta de Chiara Lubich:
O Natal - festa do nascimento de Jesus - é, para mim, a resposta de Deus e da Igreja a uma necessidade do coração: ouvir repetir todos os anos, mediante a recordação daquele acontecimento suavíssimo, simples e abissal, que Deus me ama.
Sim, se posso realizar na minha existência as aspirações mais profundas é somente porque Deus olhou também para mim, como para todos, e fez-se homem para me dar as leis da vida que, como luz no caminho, me fazem prosseguir com segurança em direção ao destino comum.
Mas o Natal, para mim, não é só uma festividade, embora cheia de significado. É um estímulo a trabalhar para pôr de novo na sociedade em que vivo a presença de Cristo, que está onde estiverem dois ou mais reunidos no Seu nome: quase Natal espiritual todos os dias, nas casas, nas fábricas, nas escolas, nas repartições públicas...
Este dia natalício, além disso, abre-me o coração sobre toda a humanidade. O seu calor ultrapassa o mundo cristão e parece penetrar em cada ângulo da terra, sinal de que aquele Menino veio para todos. De fato, é este o seu programa: que todos sejam um.
E depois, em cada Natal pergunto-me: quantos Natais terei ainda na vida? Esta interrogação, que não tem resposta, ajuda-me a viver cada ano come se fosse o último, numa espera mais consciente do meu dia de Natal: o "dies natalis", isto é, o dia que assinalará para mim o início da vida que não tem fim.

Chiara Lubich

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Espiritualidade da Unidade:
Um Natal Perene Para Todos

Dezembro de 1955
Caríssimos,
Impelidos por diversas circunstâncias, tivemos a ideia de viver todo mês uma Palavra de Vida.
Pareceu-nos que esta prática, que desejamos que seja o mais regular possível e gostaríamos que empenhasse seriamente a nossa vontade, é sugerida também pela próxima festividade que todos os cristãos aguardam com alegria: o Natal.
Nesta festa tão importante, queremos confirmar a nossa fidelidade a Deus, oferecendo algo concreto. E nada nos parece mais do seu agrado do que lhe oferecer a nossa alma de modo totalitário, para que Ele imprima nela a Sua imagem e a Sua fisionomia, para que imprima nela a Sua vida. Jesus, como demonstra o Evangelho, tem um modo de raciocinar, de amar, de querer especificamente Seu, único, e tão superior ao nosso modo de viver, também nosso, como cristãos, que em todos os tempos Ele deixará que se extraia do Evangelho "algo" que servirá para a humanidade daquela época, e de século em século esse "algo" vai parecer tão novo e revolucionário que teremos a impressão de que antes quase foi ignorado.
Queremos adotar este modo de viver de Jesus.
E nada parece mais oportuno para atingir o objetivo do que, de vez em quando, enxaguar a nossa alma no Evangelho.
A consequência é que cada vez mais vamos nos parecer com Jesus. E qual é o modo mais esplêndido e concreto para festejar o Natal do que fazê-lo renascer em nós, em benefício da humanidade?
Será um Natal perene o ano todo e além.
Estamos certos de que Deus vai ficar contente com o nosso esforço e ficamos felizes em pensar que em meio a tantas trevas, que obscurece o mundo, em meio a tanta confusão e alucinação, produzida por falsas ideologias que enganam os homens e ameaçam triturar inclusive porções do Corpo Místico, nada poderá ser mais eficaz do que levar a luz evangélica viva em nós e ao nosso redor.
Se Deus falou em Jesus, devemos ter fé de que aquelas Palavras contêm o fogo por Ele mencionado e o explosivo divino para vencer o mundo. [...]

transcrição

Sex, 23 de Dezembro de 2011 10:14

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha

Mensagem de Natal do Papa Francisco



FELIZ NATAL
O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.
Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.
O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.
Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.
Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.
A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.
Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.
A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.
Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.
A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.
Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.
A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.
Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo.
Um muito Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.

Papa Francisco

ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2006.12.24

“As vitrines das lojas estão decoradas para a festa, com bolas douradas, pequenas árvores de Natal, lindos presentes. À noite, as ruas brilham com estrelas cadentes ou cometas. As árvores, nas calçadas, têm os ramos cobertos de luzinhas vermelhas, azuis ou brancas, criando nas ruas uma atmosfera mágica... Percebe-se a expectativa. Todos estão envolvidos...
Natal não é apenas uma recordação tradicional: o nascimento daquele menino há 200[6] anos... Natal é algo vivo! E não só nas igrejas, com os seus presépios, mas também entre as pessoas, devido ao clima de alegria, de amizade, de bondade que todo ano ele cria. Mesmo assim, ainda hoje, o mundo é assolado por enormes problemas: a pobreza e a fome, (...) dezenas de guerras, o terrorismo, o ódio entre etnias, mas também entre grupos e entre pessoas…
É necessário o Amor. É preciso que Jesus volte com potência. O Menino Jesus é sempre a imensa dádiva do Pai à humanidade, embora nem todos o reconheçam. Devemos oferecer também por eles o nosso agradecimento ao Pai. Temos que festejar o Natal e renovar a nossa fé no pequeno Menino-Deus que veio para nos salvar, para criar uma nova família de irmãos unidos pelo amor; uma família que se estende sobre toda a Terra. Olhemos ao nosso redor...
Que este amor seja dirigido a todos, mas, de modo especial, a quem sofre, aos mais necessitados, aos que estão sós, aos que são excluídos, aos pequenos e aos doentes... Que a comunhão com eles, de afeto e de bens, faça resplandecer uma família de verdadeiros irmãos que festejam juntos o Natal e que vai mais além.
Quem poderá resistir à potência do amor? À luz do Natal, façamos alguma coisa, suscitemos acções concretas. Serão remédios para os males. Eles podem parecer pequenos, mas se forem utilizados em vasta escala, poderão ser uma luz e uma solução para os graves problemas do mundo.”
Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares

É Natal! Aleluia já nasceu o Prometido! Esta mensagem de Natal, de uma das personalidades mais carismáticas no seio dos movimentos da Igreja Católica e que tem envidado todos esforços pelo diálogo inter-religioso, Chiara Lubich, é bem clara no intento de se olhar o Natal com olhos menos pagãos e mais cristão.

“O NASCIMENTO DE CRISTO” conta a extraordinária história de duas pessoas comuns, Maria e José, um amor profundo, uma milagrosa gravidez, uma árdua viagem e a revelação do nascimento de Jesus. O Rei Herodes reina com mão de ferro a cidade de Nazaré. É um tempo de luta e sofrimento; as taxas a pagar são elevadas, a pobreza predomina. Homens honrados são forçados a fazer coisas impensáveis para manter e assegurar a sobrevivência das suas famílias. Para assegurar a estabilidade da sua família, o pai de Maria, Joaquim decide casar a sua filha com um homem de honra com grandes qualidades, José. Honrando o seu pai, Maria aceita com agrado a sua decisão, sem saber que este destino a tornaria numa das mais importantes mulheres da história. A sua história é simples, mas representa o início da maior história alguma vez contada.


Concluindo: o Natal tem que ser mais vivido.
Primeiro dentro de nós.
E só depois para aqueles que mais necessitam.
Um Santo Natal!


Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ESPIRITUALIDADE: BUSCAI AS COISAS DO ALTO

ESPIRITUALIDADE DA UNIDADE



Buscai as coisas do Alto...


Todos os anos, de 18 a 25 de janeiro, em muitos países se celebra a Semana de oração para a unidade dos cristãos, em outros se celebra entre a Ascensão e Pentecostes.


O lema da Semana de Oração para 2012, retirado da Carta de São Paulo aos Coríntios é: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”. (Cf 1 Cor 15, 51-58)


Propomos, como Palavra de vida, este trecho de Chiara escrito em comentário aos Colossenses 3, 1, que é atinente à frase escolhida.


Comentário sobre a Palavra de Vida:


Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus. (Cl 3,1).
Estas palavras, dirigidas por são Paulo à comunidade de Colossos, revelam a existência de um mundo no qual reina o amor verdadeiro, a comunhão perfeita, a justiça, a paz, a santidade, a alegria; um mundo onde o pecado e a corrupção já não podem ingressar, um mundo onde a vontade do Pai é realizada com perfeição. É o mundo ao qual pertence Jesus. É o mundo que Ele, passando pela dura prova da Paixão, abriu totalmente para nós com a sua ressurreição.
Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus
Entretanto – como afirma são Paulo – nós não somos apenas chamados ao mundo de Cristo, mas já pertencemos a Ele. A fé nos diz que mediante o batismo nós somos inseridos Nele e, por isso, participamos da sua vida, dos seus dons, da sua herança, da sua vitória sobre o pecado e sobre as forças do mal: nós, de fato, ressuscitamos com Ele. Mas, diversamente das almas santas que já alcançaram a meta, a nossa pertença a este mundo de Cristo não é ainda plena e manifesta, nem tampouco estável e definitiva. Enquanto vivermos nesta terra estaremos expostos a mil perigos, dificuldades e tentações que podem fazer-nos vacilar, podem frear a nossa caminhada ou até mesmo desviá-la para falsas metas.
Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus
Compreende-se então a exortação do Apóstolo: “Procurai as coisas do alto”. Isto é, procurai sair deste mundo – não no sentido material mas espiritual – abandonando as regras e as paixões do mundo para deixar-se guiar em todas as situações pelos pensamentos e sentimentos de Jesus. Com efeito, “as coisas do alto” indicam a lei do alto, a lei do Reino dos céus que Jesus trouxe à terra e quer que realizemos desde já.
Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus
Como viver então esta Palavra de Vida? Ela nos alerta contra a tentação de ficarmos satisfeitos com uma vida medíocre, feita de meias medidas e ambiguidades, e nos estimula – com a graça de Deus – a aderir à lei de Cristo com a nossa vida. Impele-nos a viver e a nos empenharmos em testemunhar no nosso ambiente os valores que Jesus trouxe à terra: o serviço aos irmãos, a compreensão e o perdão, a honestidade, a justiça, a retidão no nosso trabalho, a fidelidade, a pureza, o respeito pela vida, o espírito de concórdia e de paz etc.
Trata-se, como se vê, de um programa vasto quanto a vida; por isso – para não ficarmos apenas em considerações abstratas – procuremos colocar em prática durante este mês aquela lei de Cristo que é a síntese de todas as outras. De que modo? Reconhecendo o próprio Jesus em cada irmão e irmã e colocando-se a seu serviço. Não é exatamente isso que nos será pedido ao término da nossa existência terrena?


Chiara Lubich


Transcrição

Sáb, 31 de Dezembro de 2011 10:00

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha, de Abaetetuba/Pa